As
crianças até os 2 anos de idade não
intelectualizam nada, apenas assimilam, pois estão ocupadas
com suas próprias funções motoras.
Dos 2 aos 4/5
anos elas vão aprendendo a se relacionar com o mundo como as
esponjas com os líquidos: absorvendo. Absorvem de forma
sensorial, não verbal, tudo aquilo que ouvem, vêm,
cheiram, tateiam, comem. Mas esta assimilação é
acompanhada de uma interpretação.
A interpretação
nada mais é do que a leitura que fazem daquilo que estão
“sensoriando” com o que/quem está fornecendo a
informação. Não entendeu? ... se você dá
um abraço a uma criança com pouca expressão de
afeto, ela entende sensorialmente que aquilo é um ato de
envolvência, mas não recebe o afeto que na verdade não
está sendo transmitido, mesmo que você recite
carinhosas e lindas palavras para ela.
Crianças nessa idade
entendem a verbalização como os papagaios, apenas para
repetir. Até os 8 anos elas aprendem a “checar” essa
informação sensorial com chuvas de perguntas... e que se as
respostas também não vierem acompanhadas da verdadeira
emoção relativa ao fato em questão, serão somente
palavras, ou as vezes ainda pior, será uma interpretação
equivocada de um determinado fato.
Se você quer acertar em
cheio com uma criança., “sinta” e “demonstre” o que
sente, mesmo que seu critério de avaliação diga
que você não deve demonstrar o que está sentindo.
A criança sempre perceberá sensorialmente a verdadeira
emoção.
Se você estiver com pena dela, demonstre
compaixão, carinho e amor, mas nunca tente “esconder” essa
pena com brincadeiras ou risos falsos. Elas ficarão muito
magoadas com isso. Se você não consegue lidar com o
problema delas e fica triste, emocionado, demonstre isso pra ela e
ela imediatamente criará um vínculo afetivo com você.
Nunca se esqueçam de que as crianças são
completamente desprovidas de críticas e padrões de
comportamento até o momento em que os adultos vão até
elas e ensinam isso.