sábado, 6 de janeiro de 2018

Por um Dia Somente




"Por um dia somente, poderemos fazer o que quisermos. Portanto, hoje vamos perder o medo da vida e o medo da morte, enfim, o medo de sermos felizes, a fim de gozarmos a alegria de cada minuto de harmonia, beleza, paz e saúde que nos seja concedido.

Apenas por hoje, vamos viver um só dia, esquecendo o ontem e o amanhã, não procurando resolver imediatamente todos os problemas da vida. Lincoln disse que o homem é exatamente tão feliz quanto queira sê-lo. Vamos resolver ser felizes, só por hoje, ajustando-nos à nossa família, nossa realidade, nossa profissão, nosso destino. Reformar o mundo para ajustá-lo ao nosso gosto é impossível e essa aspiração não é saudável. Se não podemos ter aquilo que gostamos, talvez possamos gostar daquilo que temos.

Portanto, só por hoje, vamos ser amáveis, compreensivos, alegres, carinhosos; vamos ser o melhor que pudermos, vestir o melhor possível, caminhar tranqüilamente, elogiar as pessoas pelo que fazem ao invés de criticá-las pelo que não podem fazer. E se encontrarmos alguma falha, vamos perdoar e esquecer.''



Pergunta Guia: Hoje, só por hoje, por um dia somente, você consegue se sentir feliz, independentemente de tudo o que acontece fora de você?

O Grande Homem


-        Mantém o seu modo de pensar, independentemente de opinião pública.
-        É tranqüilo, calmo e paciente.
-        Não grita nem se desespera.
-        Pensa com clareza, fala com inteligência e vive com simplicidade
-        É do futuro e colhe lições do passado, vivendo no presente
-        Sempre tem tempo.-
-        Não despreza nenhum ser humano.-
-        Causa a impressão dos vastos silêncios da natureza: o céu, o oceano, o deserto.-
-        Não é vaidoso
-        Como não anda à cata de aplausos, jamais se ofende.
-        Possui sempre mais do que julga merecer
-        Está sempre disposto a aprender, mesmo com as crianças
-        Trabalha pelo prazer do trabalho e não só pela recompensa material
-        É insensível ao louvor e à censura alheia; ouve apenas sua consciência.
-        Ama, sofre, pensa, raciocina, compreende.
-        O que você possui: dinheiro ou posição social, nada significa para ele; só lhe importa o que você é
-        Despreza a própria opinião tão depressa quanto verifica que está errada.
-        Não respeita usos estabelecidos e venerados por espíritos tacanhos; respeita somente a verdade.
-        Tem mente de homem e coração de menino
-        Conhece-se a si mesmo, tal qual é, e conhece a Deus.

O Viajante


O viajante estava numa longa jornada. Uma manhã ele notou que tinha escolhido um caminho que estava ficando muito estreito e difícil de prosseguir. Percebendo que tinha tomado o caminho errado ele decidiu perguntar à próxima pessoa que ele encontrasse se esse era o caso. Logo ele entrou numa clareira e viu um homem muito velho sentado. O viajante apressou-se para chegar até ele e disse: “Por favor estou viajando ao longo desse caminho a manhã inteira e ele tornou-se muito estreito. Você pode me dizer se estou indo na direção certa?”
O velho respondeu muito suavemente: “Você está no caminho certo. Continue andando. Mas pegue tudo o que você encontrar antes de cruzar o rio”. O viajante ficou confuso – o que o velho homem queria dizer com isso? Mas nenhuma outra explicação veio dele e assim ele continuou.
No final da tarde, o viajante cansado após uma curva da estrada encontrou-se na beira de um rio. À medida que começou a andar para o outro lado, as palavras do velho ecoaram na sua mente. Ele parou, olhou em volta, mas apenas notou árvores, arbustos e pedregulhos. Nada de valor. Com indiferença, ele pegou algumas pedras, colocou-as no bolso e continuou atravessando o rio.
Depois de atingir a outra margem, o viajante caminhou com muita dificuldade e sem uma direção definida através de uma densa floresta, até descobrir um novo caminho. Ele estava muito cansado para continuar e começou a acender o fogo. Quando ele se ajoelhou, alguma coisa dura espetou a sua coxa e ele lembrou das pedras em seu bolso. “Aquele velho maluco”, o viajante pensou consigo mesmo. “Eu não sei porque carreguei essas pedras por aí”. No entanto, quando ele levantou seu braço para jogá-las fora, um brilho colorido atingiu seus olhos. Ele olhou mais de perto.
“Não pode ser!”, falou. Com a luz da lua agora brilhando nas pedras, o viajante pode ver que os objetos que ele segurava não eram apenas pedras. Eram diamantes, rubis, safiras e esmeraldas! A sujeira das pedras, pensou, deve ter sido lavada quando cruzei o rio. Ao mesmo tempo surpreso e triste, o viajante tomou consciência de que se tivesse pego mais pedras antes de cruzar o rio nunca mais teria que se preocupar com dinheiro. Mas não dava pra voltar agora. O viajante sabia que nunca encontraria o caminho. Neste exato momento, ele fez uma promessa a si mesmo. Daqui pra frente, sempre procurarei ver a real natureza de qualquer coisa antes de julgá-la.


Perguntas-guia: Que significado essa estória tem para você?
Você já fez um julgamento equivocado de alguém ou de alguma coisa?

que aconteceu?

O Bambu



A suave brisa foi transformando-se em ligeiro vento, que foi aumentando. O mar que havia permanecido tranqüilo se levantou em enormes ondas. Então ventos fortes arrancaram as árvores rígidas que foram submersas pela maré e condenadas a permanecerem no fundo do oceano.

O temporal havia devastado a ilha que outrora estivera coberta de palmeiras. A desolação fez com que as aves emigrassem para terras distantes, onde construíram seus novos ninhos.

Quando algumas árvores rígidas chegavam a uma certa altura, a fúria dos ventos e a força das ondas, as arrancavam e as destroçavam.

O tempo trouxe à ilha uma nova semente, que ao brotar aprofundou sua raiz, firmando-se fortemente na terra; em seguida o talo se dirigiu à superfície, crescendo forte e flexível. Nem o vento nem a maré, por mais ferozes que fossem, conseguiam arrancá-la.

Assim, uma nova semente fez com que a vida voltasse à ilha, a semente da flexibilidade.



Pergunta Guia:

Na resolução de seus problemas diários,você se vê como uma árvore forte e rígida que "aguenta" tudo, ou como um fino, firme e flexível bambú?


  

Caminhada


A subida para o alto da montanha foi trabalhosa. Estava vestido com roupas rudes, bota, facão na cintura e uma corda e ganchos de alpinista


Atravessei um riacho nadando.  Barrancos, pássaros e cheiro de terra molhada. A caminhada continuou.  Chegando ao alto da montanha, dei o facão a um  sábio e perguntei-lhe sobre o sentido da vida. Ele respondeu que o sentido da vida era o Amor. Então ele deu-me um quadro que o simbolizava, para eu lembrar sempre do Amor. No quadro havia dois sóis pintados: o sol nascente e o poente. A moldura do quadro era rústica feita de galho. Olhando os detalhes via melhor o quadro de longe. De perto não dava para ver o conjunto.
Na descida conversei com 3 árvores: 1) A árvore do Mistério era muito comprida e só tinha folhas nas pontas, no alto. Perguntei-lhe qual era o mistério da vida; ela disse que era concentrar-se na captação da energia com todas suas forças, a energia do Sol-amor. 2) A árvore do Conhecimento (Sabedoria) era uma Peroba de tronco forte e folhagem verde. Ela disse que a sabedoria era viver o Amor e conviver com as árvores do Mistério e da Transformação e em harmonia com o ambiente.

3) A árvore da Transformação, uma mangueira muito frondosa com frutos amarelas e doces, disse que seu segredo era receber o que o ambiente lhe dava; estar aberta para receber o que o ambiente tinha para oferecer; que da terra recebia a água e os minerais e do sol a energia que a faziam transformar tudo em frutos doces.



Pergunta Guia: Qual dos dois sois você prefere admirar? Você está disposto a acordar bem cedo para ver o sol nascente, ou se conforma somente com o poente? É somente na descida das ladeiras que podemos encontrar as 3 árvores?

As Lagartas


Um tipo de lagarta chamada processionária se alimenta de agulhas de pinheiro. Elas se movimentam como um desfile ondulante através dos ramos do pinheiro, uma atrás da outra, cada uma colada à cauda da que vai na frente. Jean-Henri Fabri, um conhecido naturalista francês decidiu fazer um experimento com um grupo dessas lagartas. Pacientemente, atraindo-as para a boca de um grande vaso de flores, ele conectou a primeira lagarta à última, formando um cortejo circular encrespado que não tinha começo nem fim. Ele esperava que os insetos fossem perceber a brincadeira, se cansar da marcha sem fim e sair para alguma outra direção. Mas isso não aconteceu: pela pura força do hábito, elas circularam a borda do vaso de flores por sete dias e sete noites.

Um grande suplemento de comida estava perto e à mão e totalmente visível, mas ele estava fora do alcance do limite auto-imposto das lagartas. Percebendo que as criaturas não parariam ou se redirecionariam, mesmo em face da fome extrema, Jean-Henri, gentilmente, quebrou a cadeia e conduziu a procissão faminta para o alimento e a água que estavam próximos.

Perguntas-guia: Por que as lagartas não saíram da fila para comer?

Elas confundiram atividade com realização?

Você pensa que há alguma área na sua vida onde você pode estar circulando como uma lagarta?





Vera Lucia Eleone
Psicoterapeuta- Psicanalista Clinica

(21) 3283-1510 / 9667-8823

As Duas Sementes


Na primavera, uma jovem senhora semeou o seu jardim. Duas sementes acabaram sendo enterradas, uma ao lado da outra. A primeira semente disse para segunda: “Pensa como será divertido, vamos crescer, nossas raízes irão fundo no solo e, quando elas estiverem fortes, vamos brotar da terra e nos tornar lindas flores para todo mundo ver e admirar!
A segunda semente ouviu mas estava preocupada. “Isso parece legal”, ela disse, “mas a terra não está muito fria? Estou com medo de estender minhas raízes nela. E se alguma coisa der errado e eu não me tornar bonita? Então a senhora poderá não gostar de mim; estou com medo”.
A primeira semente, no entanto, não estava intimidada. Empurrou suas raízes para baixo na terra e começou a crescer. Quando suas raízes estavam fortes o suficiente, ela emergiu do solo como uma linda flor. A senhora inclinou-se cuidadosamente para ela e, orgulhosamente, mostrou a flor perfumada para todos os seus amigos. Mas enquanto isso a outra semente permanecia dormente. “Vamos lá”, a flor dizia todo o dia para a sua amiga, “está quente e maravilhoso aqui em cima no sol!
A segunda semente estava muito impressionada, mas permanecia amedrontada e, com insegurança empurrou uma raiz no solo. “Ai”, ela disse. Essa terra ainda está muito fria e dura pra mim. Eu não gosto dela. Prefiro ficar aqui na minha própria concha onde estou segura e confortável. Há muito tempo para me tornar uma flor”. Nada do que a primeira semente dissesse mudava a mente da segunda.
Então, um dia, quando a senhora estava fora, um pássaro faminto voou no jardim, ciscando o solo, procurando algo para comer. A segunda semente que estava logo abaixo da superfície, ficou com muito medo de ser comida. Mas aquele era seu dia de sorte. Um gato pulou do peitoril da janela e espantou o pássaro. A semente suspirou de alívio! E, neste momento, tomou uma importante decisão: É uma tolice desperdiçar meu curto tempo aqui na terra”, disse. “Vou seguir as minhas esperanças e sonhos de mudança em vez de meus medos”. Então, sem outro pensamento, a segunda semente começou a espalhar as suas raízes e também cresceu e se tornou uma linda flor.

Perguntas-guia: Você segue seus sonhos e esperanças ou segue seus medos?
Você já esteve em uma experiência em que teve que enfrentar seus medos para crescer?


A Viagem



Vamos falar de viagens.
De alguma forma de todas as viagens nós voltamos diferentes. Quando uma pessoa vai viajar, ela pode esperar algumas coisas com alguma certeza. Outras coisas, com toda certeza e outras coisas virão como surpresa. Outras ainda, colocarão o viajante em novos lugares, nunca encontrados antes, e ele se tornará então um pioneiro de si mesmo.

Todas as viagens são cheias de surpresas onde há mudanças de cenário e de pessoas, e momentos para crescimento.

Se o viajante é do tipo que se motiva com a busca da sabedoria, ele a procura em sua viagem, sabendo que poderá ultrapassar seus limites saindo de onde está.
Ele se empenha na preparação, em colher informações sobre a jornada a ser feita, sobre as condições do caminho, do clima e que tipos diversos de pessoas ele poderá encontrar. Da mesma forma, conversa com pessoas que retornaram de viagens semelhantes e se lembram de jornadas passadas. e principalmente do aprendizado que tiveram nelas.

Feitos então os preparativos, o viajante parte, excitado, percebendo cada mudança e detalhe no terreno... no clima... na vegetação... os hábitos dos animais... os costumes dos lugares que visita. Como é inevitável, põe todos estes fatores na malha de sua compreensão e que dali sairão como memórias, crescimento pessoal e reservas para o enriquecimento de sua vida.
Não importa o que você encontre ou ache, destas viagens você volta mais apto a experienciar o mundo de um jeito novo. Novos espaços e trilhas foram abertos, novas ferramentas descobertas pois você aprendeu a viver melhor e a vencer de uma forma que ainda não conhecia.
Arrume as malas com economia de espaço e movimentos, buscando maior conforto na viagem. E na volta, saberá que pode: 1) permanecer onde estava e apreciar sua participação naquele mundo antigo, agora já mudado e mais enriquecido; 2) ou talvez partir para novas viagens, aprendendo que mais caminhos podem ser aprendidos, infinitamente partindo... chegando... e partindo de encruzilhadas multiplicadas a cada fim ou começo, sem que exista um último degrau ou uma última encruzilhada.

E terá fundado uma sabedoria confiante e cuidadosa, transformada em ensinamentos úteis, histórias a serem contadas... pois nós somos os ancestrais do nosso futuro.Traduzido e adaptado do livro Practical Magic





Vera Lucia Eleone
Psicotrapeuta-Psicanalista Clínica

(021)3283-1510 / 9667-8823