quinta-feira, 30 de julho de 2020

DESPEDIDAS

Quando eu for embora gostaria de  levar  comigo uma mala... somente uma  mala ... uma mala  chamada  coração... cheia, bem lotada, de amores queridos, de lembranças inesquecíveis de mãos  abertas, de abraços apertados e de sorrisos distribuídos.
Queria levar um mapa  que indicasse todos os lugares por onde eu  pudesse ter deixado uma  boa semente... mesmo  que eu não  tivesse visto a germinação  e a florescência  dela.
Uma mala lotada de atitudes que me deixaram orgulhosas de ser alguém... de gestos de bondade e carinho, de generosidade e apreço por pessoas que tivessem passado pela minha vida.
Queria levar também  a sensação  do dever cumprido, da vida  plena e boa, da superação das dificuldades sem reclamar ou me orgulhar, de ter agradecido  pelos momentos difíceis que me ensinaram a crescer e dos momentos  faceis que me acolheram e me encheram de alegria.
Queria levar uma  mala enorme, recheada... toda remendada pelo  excesso de bom uso, pela farta distribuição de amor e carícias gentis, de afagos e benevolências.
Mas sei que quando  for embora, não levarei nada a não ser minhas próprias memórias  e o  profundo  desejo de me tornar uma boa lembrança para aqueles que me viram, me ouviram, e souberam da minha pequena existência. Mas deixarei aqui meus agradecimentos por tantas  oportunidades! (Vera Eleone/julho2020)