sexta-feira, 20 de maio de 2016

Estou doente. Doente de mim mesma. Doente da minha vida. Doente de uma lista enorme de acertos e erros.
Doente por conseguir. Doente por não conseguir.
Doente por ser e por não ser.
Doente de tudo.
Preciso de uma cura. Preciso curar uma parte. Mas, qual delas?
A que acerta, e então cria espectativas  de mais acertos?
A que erra e então se sente magoada e frustrada pelos erros?
Não sei.
Talvez deva existir um meio de caminho entre os acertos e os erros. Uma espécie de meio errado ou meio certo.
Mas tudo que é meio, não precisa de complemento para ser inteiro?
Talvez. Não sei. Talvez a vida seja feita de uma metade de erros outra metade de acertos e assim forma-se o todo.
Mas se for desse jeito, porque sofremos tanto com os erros?
As consequências dos erros trazem sofrimento.
Dos acertos, felicidade.
A vida então é metade felicidade, metade sofrimento.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ainda Procuro um Amor

Porque eu procuro um amor? Para compartilhar tudo e desaprender a dividir. Para nunca estar só, para poder sorrir. Para que as dores da vida e da morte se transformem em aprendizado sem castigo. Para poder, de mãos dadas, apreciar o por do sol da vida. Procuro um amor. Qualquer um. Mas, que seja amor de verdade. Amor com cara de amor e não de necessidade. Amor que supere a vaidade, que faça a vida ter nexo, que não seja apenas por sexo. Amor que dure. Amor que me segure. Amor que me procure em todas as horas, em todos os cantos. Amor que esteja comigo, na alegria ou no meu pranto. Amor que seja tão meu, tão meu, que eu possa compartilhar com qualquer coração sem medo, sem preconceito, com liberdade para doar um pedaço que sei que não vai me faltar. Amor que eu confie e respeite tanto, que nenhuma barreira o  impedirá. Eu procuro um amor. Esse tipo de amor. Difícil. Eu Sei. Mas vou encontrar. Se ele existe dentro de mim, em algum lugar fora de mim também há de estar. (Vera Eleone - maio/2016)