sábado, 30 de julho de 2022

QUANDO EU FOR EMBORA

Quando eu for embora gostaria de levar comigo uma mala... somente uma mala ... uma mala chamada coração... cheia, bem lotada, de amores queridos, de lembranças inesquecíveis de mãos abertas, de abraços apertados e de sorrisos distribuídos. Queria levar um mapa que indicasse todos os lugares por onde eu pudesse ter deixado uma boa semente... mesmo que eu não tivesse visto a germinação e a florescência dela. Uma mala lotada de atitudes que me deixaram orgulhosas de ser alguém... de gestos de bondade e carinho, de generosidade e apreço por pessoas que tivessem passado pela minha vida. Queria levar também a sensação do dever cumprido, da vida plena e boa, da superação das dificuldades sem reclamar ou me orgulhar, de ter agradecido pelos momentos difíceis que me ensinaram a crescer e dos momentos faceis que me acolheram e me encheram de alegria. Queria levar uma mala enorme, recheada... toda remendada pelo excesso de bom uso, pela farta distribuição de amor e carícias gentis, de afagos e benevolências. Mas sei que quando for embora, não levarei nada a não ser minhas próprias memórias e o profundo desejo de me tornar uma boa lembrança para aqueles que me viram, me ouviram, e souberam da minha pequena existência. Mas deixarei aqui meus agradecimentos por tantas oportunidades! (Vera Eleone/julho2020)