quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Quando o mestre se apresenta

  Quando o mestre se apresenta 

devemos estar parados para poder ouvir suas palavras  e colher seus exemplos .


Nascemos sós e continuaremos sós. Temos a ilusão de estarmos acompanhados mas estamos somente juntos.  

A essência humana é  individualizada.  Somos nossos únicos companheiros inseparáveis. 

Estamos unidos em substância e ao todo chamado de  universo, que é  silencioso e também solitário em suas múltiplas e bilionésimas partículas. E cheio de criaturas individuais. Planetas estrelas asteróides, enfim bilhões de existências  individuais,  separados por imensas distâncias que aos nossos olhos parecem próximas . Mas que na realidade estão absolutamente distantes, convivendo suas solidões. 


Fazemos muito esforço para  sentir que não estamos sós e conseguimos com isso criar ilusões que muitas vezes nos fazem parar ou tropeçar na caminhada.


As crenças, religiões, teorias, nos ensinam a crer num ser único, onipotente, onisciente e onipresente que nos auxiliará em qualquer situação.  E sempre que nos vemos sós, debilitados ou necessitados clamamos por este ser único , incomparável, para que venha em nosso auxílio .

Será que paramos para pensar na imensa solidão desse ser? Que apesar de ser  chamado por muitos , só o é em momentos de sofrimentos e necessidade?  Como será que o ser onipotente sente essa relação egoísta que tem conosco? Egoísta sim, pois apesar de todo seu desejo de dar , de amar e proteger, vive solitário em seu reino celestial aguardando um chamado de socorro.


Talvez seja uma meta a ser atingida, não só chamar oy esperar pelo Mestre, mas tamvem ir de encontro a ele com as mãos e o coração cheios, não de pedidos ou súplicas, mas das boas e más realizações ao longo da nossa existência.


Nenhum comentário:

Postar um comentário