sábado, 6 de janeiro de 2018

O Viajante


O viajante estava numa longa jornada. Uma manhã ele notou que tinha escolhido um caminho que estava ficando muito estreito e difícil de prosseguir. Percebendo que tinha tomado o caminho errado ele decidiu perguntar à próxima pessoa que ele encontrasse se esse era o caso. Logo ele entrou numa clareira e viu um homem muito velho sentado. O viajante apressou-se para chegar até ele e disse: “Por favor estou viajando ao longo desse caminho a manhã inteira e ele tornou-se muito estreito. Você pode me dizer se estou indo na direção certa?”
O velho respondeu muito suavemente: “Você está no caminho certo. Continue andando. Mas pegue tudo o que você encontrar antes de cruzar o rio”. O viajante ficou confuso – o que o velho homem queria dizer com isso? Mas nenhuma outra explicação veio dele e assim ele continuou.
No final da tarde, o viajante cansado após uma curva da estrada encontrou-se na beira de um rio. À medida que começou a andar para o outro lado, as palavras do velho ecoaram na sua mente. Ele parou, olhou em volta, mas apenas notou árvores, arbustos e pedregulhos. Nada de valor. Com indiferença, ele pegou algumas pedras, colocou-as no bolso e continuou atravessando o rio.
Depois de atingir a outra margem, o viajante caminhou com muita dificuldade e sem uma direção definida através de uma densa floresta, até descobrir um novo caminho. Ele estava muito cansado para continuar e começou a acender o fogo. Quando ele se ajoelhou, alguma coisa dura espetou a sua coxa e ele lembrou das pedras em seu bolso. “Aquele velho maluco”, o viajante pensou consigo mesmo. “Eu não sei porque carreguei essas pedras por aí”. No entanto, quando ele levantou seu braço para jogá-las fora, um brilho colorido atingiu seus olhos. Ele olhou mais de perto.
“Não pode ser!”, falou. Com a luz da lua agora brilhando nas pedras, o viajante pode ver que os objetos que ele segurava não eram apenas pedras. Eram diamantes, rubis, safiras e esmeraldas! A sujeira das pedras, pensou, deve ter sido lavada quando cruzei o rio. Ao mesmo tempo surpreso e triste, o viajante tomou consciência de que se tivesse pego mais pedras antes de cruzar o rio nunca mais teria que se preocupar com dinheiro. Mas não dava pra voltar agora. O viajante sabia que nunca encontraria o caminho. Neste exato momento, ele fez uma promessa a si mesmo. Daqui pra frente, sempre procurarei ver a real natureza de qualquer coisa antes de julgá-la.


Perguntas-guia: Que significado essa estória tem para você?
Você já fez um julgamento equivocado de alguém ou de alguma coisa?

que aconteceu?

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