quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O hormônio do afeto- ocitocina

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

OCITOCINA - O HORMÕNIO DO AFETO

A mãe e seu bebê. Os primeiros dias de uma nova vida. A descoberta um do outro. Um inexplicável sentimento adoçando cada gesto. E em cada gesto um pequeno milagre: a liberação de um hormônio que vai acompanhar esse novo ser pela vida afora.

É no hipotálamo, na região central do cérebro, que a ocitocina é produzida. Até pouco tempo atrás, os cientistas sabiam só que esse hormônio tinha papel fundamental nas contrações do parto e na amamentação. Mas as pesquisas avançam rápido, e novos enigmas vão sendo desvendados. Por exemplo: animais mais ricos dessa substância tendem a ser mais fiéis em suas relações.

E, nos laboratórios, a ocitocina ganhou um apelido carinhoso: hormônio do abraço.

"Um dos grandes estímulos para a liberação de ocitocina é o contato físico. O abraço nada mais é do que contato físico, uma manifestação de carinho, de acolhimento",

E isso não vale só entre mães e filhos. Todo e qualquer afeto tem o mesmo efeito. Pode ser entre amigos, parentes, namorados e até com o bichinho de estimação. Amar faz bem ao coração. A ação da ocitocina provoca a redução dos batimentos cardíacos e diminui a pressão arterial.

As mulheres levam vantagem nessa química. Os hormônios femininos combinados com a ocitocina tornam o hormônio do abraço ainda mais poderoso. E é em momentos de tensão que ele mostra toda a sua força.

"Se você for a uma consulta médica com um amigo – ou sozinho, mas receber uma borrifada de ocitocina antes da consulta – sua reação de estresse é diminuída. Você libera menos cortisol e menos adrenalina. A freqüência cardíaca também é reduzida. Então, um amigo ou a ocitocina tem a mesma função de acalmar e de reduzir o estresse",

É como se cada abraço fosse uma pequena vitória contra o estresse. Na luta diária, outros hormônios que nos deixam em estado de alerta perdem a vez.

"O que a ocitocina faz é modificar as fontes de adrenalina e cortisol, tornando essas fontes menos estimuláveis. Dessa forma, a liberação de adrenalina e cortisol se torna reduzida. A sensação final é de enorme bem-estar. Vamos pensar o seguinte: a ocitocina é liberada no orgasmo. Preciso dizer mais alguma coisa?",.

E o melhor de tudo: nada indica que a produção de ocitocina vá diminuindo com o passar do tempo. Na juventude ou na velhice, ela está sempre pronta a entrar em ação. Basta ter um bom motivo do tempo.

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